De acordo com os bombeiros, durante a inspeção, foi constatado que cerca de 40 camas estavam em condições precárias no térreo e no porão do edifício. Além disso, foi descoberto que o espaço comercial do primeiro piso e o porão foram ilegalmente transformados em dormitórios, com 14 beliches e 13 camas espremidas nos dois andares.
Essa descoberta acontece em um momento delicado para Nova York, que vem enfrentando uma crise imobiliária e um aumento no custo de vida, agravados pela pandemia de covid-19 e pela inflação. Além disso, a cidade tem lidado com a chegada de dezenas de milhares de solicitantes de asilo que cruzam a fronteira com o México.
Para abrigar esses imigrantes, a cidade adaptou hotéis e construiu instalações que já acomodaram mais de 160 mil pessoas desde a primavera de 2022, sendo que 68 mil ainda permanecem na cidade em janeiro. As regras para acolhimento também foram alteradas, limitando a estadia a 30 dias para adultos solteiros e 60 dias para famílias, com a necessidade de uma nova solicitação após esse período.
Diante dessa situação, a vice-prefeita de Habitação de Nova York, Maria Torres-Springer, ressaltou que a descoberta no prédio é um reflexo da crise mais ampla de escassez de moradia na cidade. A fiscalização e as medidas adotadas pelas autoridades buscam garantir condições dignas de vida para todos os residentes, especialmente em momentos de crise como o atual.