Durante seu pronunciamento, Vieira denunciou e condenou tanto o grupo extremista Hamas quanto as ações militares de Israel, destacando que ambos os lados têm responsabilidade na escalada da violência na região. O chanceler brasileiro enfatizou que a inércia da comunidade internacional em lidar com essa crise terá consequências graves e um preço elevado, tanto para a região quanto para a paz mundial.
Ao abordar o papel do Brasil e de outros países na busca por uma solução pacífica, Vieira ressaltou a importância de uma postura imparcial e de uma abordagem baseada no diálogo e na diplomacia. Segundo ele, é necessário construir pontes entre as partes envolvidas e promover a reconciliação, buscando uma solução justa e duradoura para o conflito.
O chanceler brasileiro também destacou a missão de paz da ONU na região, a UNIFIL, e enfatizou a importância de fortalecer a atuação da organização para garantir a segurança e a estabilidade na região. Ele ainda expressou preocupação com o uso desproporcional da força por parte de Israel e pediu o fim dos ataques aéreos indiscriminados e o respeito ao direito internacional humanitário.
Vieira ressaltou a necessidade de um cessar-fogo imediato e a retomada das negociações de paz entre Israel e Palestina, com base em resoluções anteriores da ONU, como a Resolução 242 e a Resolução 338. Ele também pediu o apoio do Conselho de Segurança para pressionar ambas as partes a retornarem à mesa de negociações e encontrarem uma solução política para o conflito.
No fim de seu discurso, o chanceler brasileiro enfatizou a importância de uma abordagem multilateral e da cooperação entre os países, a fim de resolver o conflito no Oriente Médio de forma pacífica e duradoura. Ele alertou que a não resolução dessa crise pode ter consequências graves não apenas para a região, mas também para a segurança global.
Em suma, o discurso de Mauro Vieira no Conselho de Segurança destacou a complexidade e seriedade da situação no Oriente Médio e reforçou a importância de uma ação urgente e conjunta da comunidade internacional para buscar uma solução justa e duradoura para o conflito entre o Hamas e Israel. Ficou evidente a preocupação do chanceler brasileiro com as consequências de uma eventual falência da comunidade internacional em lidar com essa crise, ressaltando a necessidade de diálogo, negociação e respeito ao direito internacional.
