Em suas declarações, Lula enfatizou a importância de que a comunidade internacional se engaje na construção de dois estados independentes, um para Israel e outro para a Palestina, que possam coexistir lado a lado em segurança e harmonia. Ele alertou para a necessidade de harmonia, destacando que crises como a atual podem se multiplicar se não houver esforços para a resolução do conflito.
Além disso, o ex-presidente ressaltou que a crescente fragmentação, juntamente com a formação de blocos protecionistas, a destruição ambiental e as guerras, podem levar a um cenário de instabilidade geopolítica com consequências imprevisíveis para a estabilidade internacional. Lula participou da reunião de Sherpas, com vice-ministros de finanças e representantes de Bancos Centrais do G20, em Brasília, onde também reforçou a necessidade do combate às desigualdades, que são apontadas por ele como a raiz de muitos dos problemas enfrentados atualmente.
O ex-presidente também fez um apelo por uma nova globalização que combata a desigualdade, tenha compromisso com as causas ambientais e represente a diversidade. Ele criticou a atual formação do Conselho de Segurança da ONU, apontando que apenas cinco países têm poder de veto, o que limita a representatividade e a capacidade de ação do órgão.
As declarações de Lula refletem a preocupação do Brasil com a situação no Oriente Médio e reforçam o compromisso do país em buscar soluções pacíficas e justas para conflitos internacionais. Além disso, as palavras do ex-presidente evidenciam a importância de um engajamento global na promoção da paz e dos direitos humanos.