Advogada e ativista Rocío San Miguel está sob “desaparecimento forçado” na Venezuela, segundo seu advogado.

Na tarde da última segunda-feira, diversas notícias circularam sobre o desaparecimento da advogada Rocío San Miguel, de 57 anos, na capital venezuelana. O advogado Juan González, que representa a ativista, declarou que ela estaria passando por um “desaparecimento forçado”, o que gerou grande preocupação entre seus familiares, amigos e colegas de trabalho.

González também informou que não conseguiu localizar a advogada em nenhum dos centros de detenção que visitou em Caracas. Além disso, cinco familiares de Rocío San Miguel estão também desaparecidos, o que aumenta ainda mais a gravidade da situação. Diante disso, o advogado entrou com uma ação de amparo para tentar descobrir onde ela está detida e em qual tribunal o caso foi designado.

A situação se tornou ainda mais preocupante quando o procurador-geral Tarek Willian Saab anunciou, por meio das redes sociais, a detenção de Rocío San Miguel em virtude de um mandado de prisão contra ela. Segundo Saab, a advogada estaria supostamente vinculada a uma trama conspiratória e tentativa de assassinato conhecida como ‘Bracelete Branco’, que tinha como objetivo atacar o presidente Nicolás Maduro e outros altos funcionários do governo.

Diante desse cenário, mais de duzentas ONGs e cerca de 400 pessoas assinaram um documento exigindo a “imediata liberação da Defensora de Direitos Humanos Rocío San Miguel”. Eles ressaltam que o desaparecimento forçado é uma prática extremamente grave e que precisa ser combatida.

Além disso, o texto destaca que os desaparecimentos forçados temporários na Venezuela têm sido documentados por órgãos das Nações Unidas, o que levanta ainda mais preocupações sobre a situação de Rocío San Miguel e seus familiares.

Neste contexto, a situação de Rocío San Miguel continua sendo alvo de grande preocupação e mobilização por parte de diversos setores da sociedade venezuelana e de organizações internacionais de direitos humanos. O caso evidencia a importância de se combater práticas arbitrárias e violações de direitos humanos em qualquer país.

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