4,9 milhões de óbitos de crianças menores de 5 anos poderiam ser evitados, alerta OMS e ONU

Segundo dados divulgados recentemente por uma importante entidade de saúde, mais de 4,9 milhões de óbitos de crianças com menos de 5 anos poderiam ter sido evitados. Causas como parto prematuro, complicações no nascimento, pneumonias, diarreias e malária figuram entre as principais razões dessas mortes. A falta de acesso a cuidados básicos de saúde, como vacinação, profissionais qualificados no momento do parto, apoio à amamentação e tratamento de doenças infantis, tem contribuído para essa triste estatística.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lamentou o grande número de famílias que ainda sofrem com a perda de seus filhos nos primeiros dias após o nascimento. Ele ressaltou a importância de melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade para todas as mulheres e crianças, independentemente de onde elas vivam. Investir em educação, emprego e boas condições de trabalho para os profissionais de saúde também é visto como fundamental para reduzir as mortes de crianças evitáveis.

Apesar do progresso observado nos últimos anos, a desigualdade social ainda influencia diretamente nas chances de uma criança chegar aos 5 anos de idade com vida. Crianças nascidas em famílias mais pobres têm o dobro de probabilidade de morrer antes dos 5 anos em comparação com aquelas de famílias mais ricas. Além disso, um alerta é feito sobre o fato de que diversos países, se mantiverem o ritmo atual, não alcançarão as metas de redução da mortalidade infantil até 2039.

É urgente, portanto, que governos e organizações internacionais invistam mais na melhoria do acesso a serviços de saúde de qualidade e na promoção de condições igualitárias para todas as crianças. Somente assim será possível evitar que milhões de crianças continuem morrendo precocemente, privadas de um direito básico à vida.

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