De acordo com o documento, nove meses após o início do conflito na região, repórteres internacionais continuam tendo seu acesso a Gaza negado, exceto por visitas controladas pelo Exército israelense. Essa proibição tem colocado um fardo desproporcional sobre os jornalistas locais, que se veem obrigados a cobrir uma guerra sob condições extremas, inclusive com o risco de morte. Mais de cem jornalistas já perderam suas vidas desde o início do conflito.
A carta, divulgada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas, destaca a importância de uma imprensa livre e independente para a democracia. Os signatários enfatizam a necessidade de Israel cumprir seus compromissos com a liberdade de imprensa e garantir o acesso imediato e independente da mídia estrangeira a Gaza, em conformidade com as diretrizes das organizações internacionais de proteção de jornalistas.
A ofensiva israelense na região já resultou em um desastre humanitário, tendo causado a morte de mais de 38 mil pessoas, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde local. O conflito teve início após um ataque do grupo Hamas a Israel em outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.200 israelenses.
A liberdade de imprensa é essencial para a sociedade democrática e a transparência dos conflitos armados. Espera-se que o governo de Israel leve em consideração as demandas dos veículos de comunicação e permita o acesso livre e seguro dos jornalistas estrangeiros à Faixa de Gaza para que possam cumprir seu importante papel de informar o público sobre os acontecimentos na região.