A Operação Disclosure, realizada pela Polícia Federal, foi responsável por colocar Gutierrez sob os holofotes. O pedido de extradição foi encaminhado à 10ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro, com base na preservação dos fundamentos que levaram à prisão preventiva do executivo.
Caso a Justiça Federal decida pela extradição, a decisão final caberá à Espanha, em uma questão de soberania entre os países. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça e Segurança Pública será responsável por conduzir o trâmite do lado brasileiro.
O MPF justifica o pedido de extradição como necessário para evitar que Gutierrez seja processado na Espanha, onde reside atualmente. No entanto, caso a extradição seja negada, o ex-CEO poderá ser processado e julgado no país europeu a pedido do Brasil.
A defesa de Gutierrez alega que ele não teve conhecimento das fraudes que ocorreram durante sua gestão na Americanas, destacando sua colaboração com as autoridades e sua disposição para prestar esclarecimentos. O Grupo Americanas, por sua vez, afirma ter sido vítima das fraudes cometidas pela antiga diretoria, que manipulou os controles internos da empresa.
Além de Gutierrez, a ex-diretora da Americanas, Anna Cristina Ramos Saicali, também foi alvo da Operação Disclosure e teve que entregar seu passaporte ao retornar ao Brasil. A atual diretoria da empresa ressalta que está cooperando com as investigações e busca esclarecer os acontecimentos que resultaram na fraude bilionária.
A história do Grupo Americanas e os desdobramentos desse caso continuam a despertar interesse e questionamentos sobre a responsabilidade de seus antigos gestores. A justiça será responsável por investigar e julgar os envolvidos, garantindo a transparência e a punição de eventuais crimes cometidos.