Com 69 anos de idade e formação médica, Pezeshkian já ocupou o cargo de ministro da Saúde no governo de Mohammad Khatami. Durante a campanha eleitoral, ele defendeu a retomada de negociações com o Ocidente, em especial em relação ao programa nuclear iraniano. A vitória de Pezeshkian indica uma possível insatisfação popular com a gestão do líder supremo, Ali Khamenei.
Apesar de inspirar mais liberdade interna do que seu adversário, Pezeshkian enfrenta desafios em um país onde as decisões políticas são controladas por um regime teocrático. O resultado das eleições foi surpreendente, uma vez que o Conselho de Guardiões, órgão que aprova os candidatos a cargos no país, permitiu apenas a candidatura de Pezeshkian, vetando outras 74 pessoas e demonstrando restrições à democracia local.
A vitória de Pezeshkian foi celebrada por seus apoiadores, que realizaram manifestações de alegria em diversas regiões do país. No entanto, o novo presidente terá que lidar com os desafios internos e externos enfrentados pelo Irã, incluindo a crescente insatisfação da população, o desgaste do regime, as sanções reintroduzidas pelos Estados Unidos e a instabilidade regional.
Diante deste cenário, a posse de Masoud Pezeshkian como presidente do Irã marca um momento de transição e incertezas para a República Islâmica, com desafios políticos, econômicos e sociais que exigirão habilidade e liderança do novo governante. A condução do país nos próximos anos será fundamental para determinar seu futuro e suas relações com a comunidade internacional.