Desempenho de Biden preocupa Democratas e coloca pressão para decisão sobre candidatura nas eleições.

Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reforçou aos eleitores que ele foi escolhido como candidato e não outro democrata. Em um pronunciamento, Biden destacou: “Vocês votaram em mim para ser seu candidato, e em mais ninguém. Vocês, os eleitores, fizeram isso. E, apesar disso, algumas pessoas parecem não se importar em quem vocês votaram. Bem, adivinhem, eles estão tentando pressionar, deixe-me dizer isso da forma mais clara possível: vou continuar na corrida”.

O desempenho de Biden tem acendido um alerta no Partido Democrata. Com sua voz rouca, uma gagueira persistente e frases confusas, o presidente deixou uma imagem oposta à mostrada por seu rival. O debate na CNN evidenciou a diferença de postura entre Biden e seu oponente. Desde então, vários democratas têm demonstrado preocupação e sugerido, principalmente de forma anônima, que Biden abandone a disputa. Doggett, de 77 anos, é o primeiro a falar abertamente sobre essa possibilidade.

Os democratas têm até a Convenção Nacional, programada para acontecer entre os dias 19 e 22 de agosto, para definir o candidato que irá concorrer contra Trump nas eleições de novembro. Analistas apontam que é “praticamente impossível” substituir Biden sem que o próprio presidente se retire da corrida presidencial, algo que Biden já afirmou diversas vezes que não faria.

A desistência de Biden poderia ser uma solução possível, porém é considerada pouco provável. Caso o democrata se retirasse da disputa, uma eleição interna dentro do partido seria aberta, já que Biden ou qualquer outra pessoa não poderiam nomear um sucessor. A situação atual do partido é delicada, conforme apontou o especialista Adriano Cerqueira, professor de Relações Internacionais do Ibmec-BH, que afirmou que qualquer candidato agora teria uma grande desvantagem em relação a Trump, considerando o curto prazo até a convenção democrata e as eleições.

Diante disso, o Partido Democrata enfrenta uma verdadeira “sinuca de bico”, com a necessidade de tomar decisões estratégicas para garantir uma competição competitiva e eficaz nas eleições de novembro.

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