Um dos principais problemas mencionados foi a falta de vagas para formação na área, bem como a concorrência com empresas estrangeiras que oferecem salários mais atrativos. De acordo com dados apresentados durante a audiência, a demanda por profissionais de TIC no Brasil é significativamente superior à capacidade de formação, com uma média anual de 159 mil vagas contra apenas 53 mil profissionais formados.
Os participantes destacaram a importância de políticas públicas para estimular a capacitação digital, como o programa Conecta e Capacita, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Iniciativas como essa são fundamentais para suprir a lacuna de profissionais qualificados no mercado de trabalho, especialmente em áreas como ciência de dados, desenvolvimento de software, segurança cibernética e inteligência artificial.
Além disso, foi ressaltada a necessidade de produzir dados com mais frequência para acompanhar o dinamismo do setor de TIC. A diversidade e inclusão também foram apontadas como desafios, com a necessidade de promover a participação de mulheres, negros e outros grupos minorizados na área de tecnologia.
Outro ponto levantado durante a audiência foi a disparidade salarial entre o Brasil e outros países, o que dificulta a retenção de talentos no mercado nacional. Empresas estrangeiras oferecem salários mais atrativos, o que representa um desafio adicional para as empresas brasileiras.
Diante desses desafios, iniciativas de formação e capacitação em tecnologia se mostram essenciais para suprir a demanda por profissionais qualificados e impulsionar a inovação no país. A participação da população nessas discussões também foi destacada como fundamental para o desenvolvimento do setor de TIC no Brasil.