Assim como seu concorrente Leqembi, desenvolvido pela Eisai e pela Biogen e aprovado anteriormente, o donanemab foi projetado para combater a proteína beta-amiloide presente no cérebro de pacientes com Alzheimer. Uma característica marcante do donanemab é a possibilidade de interromper o tratamento quando os exames indicarem a ausência das placas de amiloide, tornando-o uma opção terapêutica mais flexível.
Apesar dos benefícios trazidos pelo donanemab, o custo do medicamento tem sido motivo de discussão. A Lilly precificou o remédio em 695,65 dólares por frasco, o que representa cerca de 32.000 dólares por 12 meses de tratamento, com 13 infusões. Esse valor é um pouco mais alto do que o Leqembi, da Eisai, que custa 26.500 dólares por ano.
Os resultados do teste clínico realizado pela Lilly demonstraram que o donanemab foi capaz de retardar a progressão dos problemas de memória e raciocínio em 29% em comparação com o placebo. No entanto, alguns pacientes apresentaram efeitos colaterais, como inchaço cerebral em quase um quarto dos casos e hemorragia cerebral em quase um terço, sendo a maioria dos casos considerada leve.
Com a aprovação do donanemab, os pacientes e médicos ganham mais uma opção de tratamento para o Alzheimer, ampliando as possibilidades de cuidados e melhorando a qualidade de vida daqueles que enfrentam essa doença debilitante.