O Ministério das Relações Exteriores boliviano manifestou seu “enérgico repúdio” às declarações consideradas “inamistosas, temerárias, desinformadas e tendenciosas” feitas pelo governo argentino. A presidência argentina baseou-se em relatórios de inteligência para afirmar que o golpe não teria ocorrido e fez uma afirmativa polêmica, sugerindo que a democracia boliviana estaria em perigo devido a governos socialistas que poderiam se tornar ditaduras.
A situação se agravou quando o presidente argentino alegou problemas de agenda e desistiu de participar da cúpula presidencial do Mercosul, que estava marcada para ocorrer em Assunção, no Paraguai. Em seu lugar, a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, representará a Argentina no evento.
Enquanto isso, o ultraliberal Milei, conhecido por suas posições políticas tensas em relação aos governos de esquerda na região, anunciou que viajará para o Brasil no fim de semana para participar de um evento. Specula-se que ele possa se encontrar com o ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, gerando expectativas sobre possíveis desdobramentos nesse encontro.
Em meio a essa controvérsia e tensão diplomática, a relação entre Bolívia e Argentina passa por um momento delicado, com ambas as partes mantendo posições firmes em relação aos acontecimentos recentes. O desenrolar desses eventos deve ser acompanhado de perto pelos observadores internacionais.