Após quase três anos de discussões e consultas públicas, representantes do governo paulista, Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), Ministério Público, especialistas em biodiversidade e operadores de rodovias compuseram a câmara ambiental que aprovou as novas regras. O principal objetivo é implantar estruturas de proteção nas estradas, como passagens subterrâneas e aéreas para os animais em locais críticos, além de sinalização de alerta para os motoristas, sonorizadores e redutores de velocidade.
O relatório do Plano revela que, entre 2018 e 2022, foram registrados cerca de 30 mil atropelamentos de animais anualmente ao longo dos 22 mil quilômetros da malha rodoviária paulista. No entanto, acredita-se que esses números sejam subestimados devido a erros e omissões nos registros, assim como carcaças facilmente removidas por carniceiros, lançadas para fora da estrada ou escondidas pela vegetação e condições climáticas desfavoráveis.
O cronograma estabelecido pelos operadores das rodovias terá um prazo de oito anos para ser implementado. Durante a primeira fase, serão identificadas as áreas prioritárias que registram uma maior concentração de atropelamentos, conhecidas como hotspots. Isso possibilitará a construção de novas estruturas de proteção ou a revisão das existentes.
Além das medidas estruturais, o Plano também prevê ações de educação ambiental, campanhas de conscientização e parcerias com prefeituras e ONGs. Especialistas e órgãos governamentais destacam a importância do treinamento de funcionários que atuam nas rodovias para o manejo adequado da fauna. A implementação dessas diretrizes visa proporcionar um ambiente mais seguro e preservar a biodiversidade nas estradas paulistas.