Para contornar a situação, o governo federal e as companhias aéreas implementaram uma malha emergencial, que inclui a abertura da base militar de Canoas, município vizinho a Porto Alegre, e o aumento da quantidade de voos em cinco terminais no Rio Grande do Sul e em três cidades catarinenses. Essas medidas permitiram que 78% da capacidade total de voos da capital fosse mantida durante o período de fechamento do aeroporto.
As cidades inclusas nessa nova malha emergencial estão localizadas a diversas distâncias da capital, como Florianópolis, que fica a cinco horas de Porto Alegre, e Pelotas, a apenas três horas de carro. Canoas, por sua vez, é a opção mais próxima e tem recebido uma média de 34 voos semanais, que frequentemente estão lotados.
Durante o período de 4 de maio a 17 de junho deste ano, os terminais envolvidos na malha emergencial registraram um total de 5.274 voos domésticos, entre pousos e decolagens. Em comparação com o mesmo período de 2023, apenas o aeroporto Salgado Filho teve 6.784 voos, demonstrando a importância das rotas alternativas para manter a conectividade aérea na região.
Porém, a alta demanda e a limitação de oferta de voos têm causado um aumento significativo no preço das passagens aéreas. Cidades como Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas registraram aumentos de até 100% no valor médio das tarifas em comparação com o ano anterior.
Diante desse cenário desafiador, ainda sem previsão para a reabertura total ou parcial do aeroporto Salgado Filho, as companhias aéreas têm buscado formas de se adaptar e garantir a continuidade dos serviços. A reconstrução do aeroporto exigirá investimentos do governo e dos envolvidos no setor, além de impactar diretamente no transporte de passageiros e cargas na região sul do país.