A fome, mesmo que seja um componente natural de uma dieta, pode ter um impacto negativo em nossa mente e emoções. Estudos mostram que o jejum pode afetar negativamente nossas emoções, cognição e capacidade de tomada de decisões a curto prazo. O livro recente sobre os fatores internos e externos que influenciam nosso pensamento destaca que todos esses aspectos impactam a forma como refletimos e tomamos decisões.
É importante destacar que a fome não afeta apenas nosso estado emocional, mas também pode aumentar a desigualdade. Pesquisas mostram que a falta de nutrientes e calorias adequadas afeta negativamente o desenvolvimento e funcionamento do cérebro. Isso é particularmente problemático em um mundo onde muitas pessoas lutam para se alimentar adequadamente.
Além disso, nossas emoções têm um impacto significativo em nossos pensamentos e decisões. Quando não compreendemos ou reconhecemos nossas emoções, é mais difícil regularmos nossos pensamentos, o que pode nos tornar mais pessimistas. A fome desempenha um papel importante na criação de emoções negativas e mau humor. Um estudo recente descobriu que mulheres famintas relataram mais emoções negativas, como raiva, depressão e confusão, em comparação com aquelas que não estavam com fome. Essas mulheres também relataram menos emoções positivas, como vigor.
A fome também pode nos tornar mais propensos a sermos manipulados por emoções negativas, aumentando nossa tendência de interpretar erroneamente situações ambiguas e focar nos aspectos negativos. Além disso, a fome pode nos tornar mais impulsivos e punitivos. Estudos têm mostrado que a fome afeta a tomada de decisões e pode nos tornar mais punitivos quando estamos com fome.
As razões exatas pelas quais a fome afeta nosso estado emocional são complexas e têm sido objeto de debate. Alguns acreditam que é devido a uma falta de autocontrole causada pela diminuição dos níveis de glicose no sangue durante o jejum. Outros acreditam que a irritação causada pela fome é uma interpretação errônea de um estado fisiológico, confundido com um estado emocional.
No entanto, pesquisadores estão explorando formas de reinterpretar a sensação de fome de maneira mais positiva. Estudos sugerem que a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar as pessoas a reformular seus pensamentos e sentimentos em relação à fome. Por exemplo, mulheres com sintomas de distúrbios alimentares tiveram sentimentos mais positivos durante a fome, indicando uma possível mudança na associação negativa da fome.
Em última análise, é importante reconhecer que a fome e a dieta têm um impacto profundo em nossa saúde mental e bem-estar. É essencial abordar essas questões de forma equilibrada e buscar formas saudáveis de perder peso que também levem em consideração o impacto em nossa saúde mental.