As intervenções necessárias no elevado foram definidas após uma inspeção técnica detalhada. Entre elas, estão reparos profundos, tratamento de fissuras, limpeza, remoção de detritos e vegetação, além do tratamento do concreto. A divulgação da empresa de engenharia selecionada está prevista para o dia 20 de setembro.
Essa obra englobará toda a extensão do Minhocão, que possui 2,5 quilômetros, incluindo também os acessos. Vale ressaltar que essas intervenções estão relacionadas apenas à recuperação estrutural do elevado, não tendo relação direta com o seu uso para lazer.
Um relatório elaborado por uma empresa de engenharia contratada pela Prefeitura em 2022 apontou uma série de problemas no Minhocão, como exposição e corrosão da armadura, queda de partes do concreto, umidade e problemas de drenagem, entre outros.
Até o momento, não há informações sobre bloqueios de trânsito durante as obras, nem sobre possíveis impactos na abertura do Minhocão para pedestres durante à noite e nos fins de semana. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) orienta que as intervenções nas faixas de rolamento sejam realizadas, preferencialmente, entre as 21 horas e as 5 horas, a fim de minimizar os impactos no tráfego de veículos.
A obra do Minhocão faz parte de um amplo programa de recuperação de pontes e viadutos em São Paulo. Segundo o balanço da gestão Ricardo Nunes (MDB) em agosto, atualmente 58 obras desse tipo estão em execução e pelo menos outras 47 estão em processo de licitação e contratação. Essa iniciativa ganhou destaque a partir do caso ocorrido em 2018, quando um viaduto na Marginal do Pinheiros cedeu, evidenciando a falta de manutenção adequada dessas estruturas.
Ao finalizar a recuperação do Minhocão, espera-se que o elevado esteja apto a continuar desempenhando seu papel na mobilidade urbana de São Paulo com segurança e qualidade, atendendo às demandas dos cidadãos e preservando um patrimônio histórico da cidade.