Segundo o presidente da Federarroz, houve um aumento na produção e na área plantada no início deste ano, o que seria capaz de compensar as perdas causadas pela quebra de safra gaúcha em 2023/24. Estima-se que 85% da safra já havia sido colhida antes dos eventos climáticos extremos, resultando em uma perda de apenas 15% da produção.
O Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) anunciou que a colheita da safra 2023/24 deve ficar em torno de 7,14 milhões de toneladas, mesmo com as perdas provocadas pelas inundações em maio. Isso representa uma quantidade próxima à safra anterior, que registrou 7,23 milhões de toneladas.
De acordo com Velho, os problemas na oferta de arroz foram ocasionados por questões logísticas, como bloqueio de estradas no Rio Grande do Sul, fazendo com que os produtores temporariamente deixassem de atender o varejo. No entanto, ele ressalta que o mercado está se estabilizando, com normalização da logística e preços em torno de R$ 5 a R$ 6.
O presidente da Federarroz expressou preocupação com a possível persistência do governo em comprar arroz importado para baixar os preços locais, alertando que isso poderia comprometer o setor e a autossuficiência do Brasil na produção de arroz. Ele enfatiza que o arroz produzido nacionalmente mantém padrões de qualidade superiores em comparação ao produto importado da Ásia.
Segundo Velho, a faixa de preços brasileira atualmente mantém o arroz como um produto “inclusivo” na cesta básica, junto com o feijão e a salada. Ele destaca que o produto importado da Ásia não alcança os mesmos níveis de qualidade da produção nacional. Para o presidente da Federarroz, é fundamental que o governo reavalie suas políticas em relação ao setor arrozeiro e priorize a produção nacional para garantir a sustentabilidade e autossuficiência do país nesse segmento.