Segundo Paolo Benanti, conselheiro do papa e principal especialista em IA do Vaticano, a Igreja mantém o ser humano como centro de sua missão, preocupando-se não apenas com a tecnologia em si, mas sim com suas consequências na sociedade e no bem-estar das pessoas. A tecnologia de inteligência artificial, de acordo com o especialista, atua como um “multiplicador”, especialmente na área da pesquisa médica, e pode contribuir significativamente para um maior bem-estar social.
Diante dessa preocupação, o Vaticano tem se cercado de especialistas em IA para estudar o impacto dessa tecnologia, sobretudo em questões éticas. Um desses especialistas é o pesquisador britânico Demis Hassabis, diretor do Google DeepMind e membro da Pontifícia Academia das Ciências.
Em 2020, o Vaticano liderou a iniciativa do ‘Apelo de Roma para a Ética da IA’, um manifesto assinado por empresas como Microsoft, IBM, organizações como a ONU, além de governos e diversas universidades. O manifesto defende a transparência na utilização da inteligência artificial, bem como o respeito à privacidade das pessoas.
Diante desse cenário, fica claro que a Igreja Católica está atenta às transformações trazidas pela IA e busca promover discussões e ações que garantam o uso ético e responsável dessa tecnologia, visando sempre o benefício e o bem-estar da humanidade.