Durante a apresentação do relatório, a senadora destacou a complexidade do tema em questão e sugeriu que a votação do projeto não ocorresse naquele momento. Ela defendeu a necessidade de um diálogo mais profundo e uma análise mais minuciosa antes de o texto ser encaminhado de volta à Câmara dos Deputados, caso seja aprovado pelo Senado.
Entre os pontos destacados no relatório apresentado pela senadora estão a ampliação e equalização da carga horária do ensino médio, a inclusão da língua espanhola como disciplina obrigatória e a possibilidade de aulas ministradas por profissionais com notório saber. A proposta de ampliação da carga horária para 2,2 mil horas visa garantir uma formação mais completa e integrada, envolvendo os diferentes itinerários formativos previstos na Base Nacional Comum Curricular.
Além disso, o projeto prevê a atuação de profissionais com experiência e conhecimento específico na área de formação técnica e profissional, mesmo sem diploma de licenciatura. Essa medida visa valorizar a experiência prática desses profissionais e ampliar o acesso a profissionais qualificados em áreas e regiões com escassez de profissionais licenciados.
Outra sugestão apresentada no relatório é a obrigatoriedade de os estados manterem pelo menos uma escola com ensino médio regular noturno em cada município, caso haja demanda comprovada. O documento também destaca a importância da formação continuada de professores para garantir que estejam preparados para as novas diretrizes e metodologias propostas para o ensino médio.
Diante disso, a expectativa é de que o projeto de lei seja apreciado pela Comissão de Educação do Senado a partir da semana que vem, após a finalização da análise do relatório apresentado pela senadora Dorinha Seabra. A proposta de reforma no ensino médio visa promover mudanças significativas e relevantes para a educação no país, buscando aprimorar a qualidade do ensino e garantir uma formação mais completa e adequada aos estudantes.