Essa ação vem logo após a AIEA afirmar que o Irã aumentou seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos dos necessários para armas nucleares, em uma tentativa recente do país de pressionar a comunidade internacional.
A votação, que aconteceu em Viena, foi realizada pelo conselho de 35 membros da AIEA e revelou um resultado interessante. Vinte membros votaram a favor da resolução, enquanto Rússia e China foram contrários. Doze membros se abstiveram e um não votou, de acordo com fontes próximas à situação que optaram por não se identificar. A resolução foi proposta por França, Alemanha e Reino Unido. Vale ressaltar que as resoluções da AIEA não têm valor legal, mas carregam um peso político e diplomático significativo.
A resolução em questão solicita que Teerã cumpra o comunicado conjunto entre o país e a AIEA de março de 2023. Neste documento, o Irã se comprometeu a resolver questões relacionadas a locais onde inspetores têm dúvidas sobre atividades nucleares não declaradas, além de permitir que a AIEA implemente medidas de verificação apropriadas para monitorar suas atividades.
Com essa votação e a resolução aprovada, o cenário agora aponta para uma potencial escalada de tensões entre a AIEA e o Irã, que já reagiu de forma agressiva a resoluções semelhantes no passado. Resta acompanhar os próximos desdobramentos e como o Irã irá reagir a essa censura e às exigências feitas pela entidade internacional.