Presidente da Transwolff, acusado de ligação com o PCC, é solto pela Justiça após decisão da 12ª Câmara Criminal.

Na última quinta-feira, a 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decidiu pela soltura de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, que é o presidente da empresa de transporte coletivo Transwolff. A decisão foi tomada após Pacheco passar três meses detido no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.

Pacheco estava preso preventivamente desde outubro do ano passado, quando foi detido durante a operação “Pandora”, realizada pelo Ministério Público de São Paulo em conjunto com a Polícia Civil. A investigação apontava suspeitas de envolvimento da Transwolff com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Durante as investigações, foram encontradas provas de supostas ligações entre a empresa de ônibus e integrantes do grupo criminoso.

No entanto, a decisão da 12ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP revogou a prisão preventiva de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, alegando falta de fundamentação para a manutenção da medida cautelar. O presidente da Transwolff foi liberado e responderá ao processo em liberdade, porém, deverá cumprir algumas condições estabelecidas pela justiça.

A soltura de Pandora gerou polêmica e levantou questionamentos sobre a atuação das empresas de transporte coletivo e suas possíveis conexões com o crime organizado. A Transwolff, que atua principalmente na região metropolitana de São Paulo, é uma das maiores empresas do setor e a suspeita de envolvimento com facções criminosas levanta preocupações sobre a segurança dos usuários e a integridade do sistema de transporte público da cidade.

Diante desse cenário, a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo levanta debates sobre a relação entre empresas privadas e o poder público, além de colocar em xeque a eficácia dos mecanismos de controle e fiscalização sobre o setor de transporte coletivo. Resta agora aguardar os desdobramentos do caso e as possíveis consequências para o presidente da Transwolff e para a empresa em si.

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