Na última semana, integrantes do Ministério da Gestão foram surpreendidos com a decisão judicial que suspendeu o acordo firmado entre o governo e a Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico). O acordo previa um reajuste de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026 para os professores federais, porém, com a decisão judicial, o acordo foi suspenso.
Segundo técnicos da pasta, a suspensão do acordo era previsível devido à rivalidade existente entre a Proifes, ligada ao PT, e o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), próximo do PSOL e do PSTU. Essa divergência entre os sindicatos remonta a 2004, quando a federação foi criada durante o primeiro mandato do presidente Lula.
É importante destacar que a Gestão lembra que os dois últimos acordos de reajuste para professores federais, em 2012 e 2015, durante o governo de Dilma Rousseff, foram assinados exclusivamente com a Proifes. Mesmo diante da resistência dos outros sindicatos, essas negociações acabaram prevalecendo.
A suspensão do acordo representa mais um capítulo na incessante batalha entre os sindicatos que representam os professores federais do país. A incerteza quanto aos próximos passos a serem tomados pelas partes envolvidas deixa em aberto o desfecho dessa situação, que impacta diretamente a categoria dos professores federais. Acompanharemos de perto as próximas movimentações e desdobramentos desse impasse.