Durante seu discurso, Girão também abordou a tentativa de suspensão dos acordos de leniência da Operação Lava Jato, movida pelos partidos PSOL, PCdoB e Solidariedade no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o parlamentar, a iniciativa desses partidos de menor expressão política é questionável, uma vez que os acordos foram conduzidos com base em evidências robustas e confissões de corruptos de alto escalão em diversas empresas.
O senador ainda criticou a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, que beneficiou Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira Odebrecht, suspendendo todas as ações penais em curso contra ele. Girão classificou essa atitude como parte de um processo de desconstrução e devastação da Lava Jato, que teria se intensificado a partir de 2019, quando a operação passou a enfrentar desafios por parte dos três Poderes da República.
Além disso, o senador mencionou a aprovação da Lei de Abuso de Autoridade e a modificação do entendimento sobre a prisão em segunda instância pelo STF, culminando na polêmica decisão que suspendeu a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Girão, essas mudanças legislativas e jurisprudenciais contribuíram para minar a eficácia e a credibilidade da Lava Jato.
Em resumo, o discurso do senador Eduardo Girão reflete a preocupação e o posicionamento crítico em relação aos desdobramentos recentes que impactam a operação Lava Jato e o combate à corrupção no Brasil. Sua fala evidencia a importância de manter a integridade e a efetividade das investigações em meio a interferências e questionamentos por parte de setores políticos e jurídicos envolvidos.