Identificação de vítimas de enchentes no RS é desafio para autoridades, com 20 corpos ainda sem identidade confirmada.

A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul continua a causar comoção e sofrimento. Com 162 óbitos já confirmados, a Defesa Civil anunciou que 87% das vítimas foram identificadas até o momento. No entanto, cerca de 20 corpos ainda aguardam a confirmação de suas identidades, o que requer a realização de exames de DNA.

De acordo com informações do Instituto Geral de Perícias gaúcho, um novo equipamento permite a realização do exame de DNA em apenas 90 minutos, o que acelera o processo de identificação das vítimas. Até o momento, a identificação tem sido feita principalmente com base em impressões digitais, mas a coleta de material genético dos familiares ainda é necessária para casos mais complexos.

As cidades mais afetadas pelas enchentes, como Canoas, continuam enfrentando grandes desafios, com 24 mortes confirmadas e 12 pessoas ainda desaparecidas. As imagens das áreas atingidas pelo desastre mostram a persistência da água nas ruas, dificultando as operações de resgate e identificação das vítimas.

O médico legista Nelson Massini alerta para a rápida deterioração dos corpos em situações de umidade, como as provocadas pelas enchentes. Ele ressalta a importância de agilizar o processo de identificação, tanto para fechamento dos casos quanto para minimizar o sofrimento das famílias enlutadas.

Em situações extremas, como a tragédia de Brumadinho em 2019, o uso de informações genéticas se torna essencial para identificar as vítimas. A coleta de material genético das famílias dos desaparecidos também facilita o trabalho da perícia, que pode comparar os dados quando os corpos são encontrados.

Diante de tantas dificuldades enfrentadas pelas equipes de resgate e perícia, é fundamental que a sociedade se una em solidariedade às vítimas e famílias afetadas por essa tragédia. A superação desse momento delicado exige esforço, colaboração e compaixão de todos os cidadãos.

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