A confirmação da leptospirose como causa da morte foi feita após análise da amostra pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre, que resultou positiva. Esta é a primeira morte confirmada pela doença no Rio Grande do Sul desde as enchentes que assolaram o estado desde o final de abril. A leptospirose é uma das principais doenças associadas a inundações e alagamentos, devido à presença da bactéria em ambientes de água contaminada.
A população foi orientada a procurar assistência médica ao apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo e calafrios, que são comuns no início da doença. A Secretaria de Saúde do estado informou que está monitorando casos suspeitos a partir das notificações dos municípios e que, até o momento, foram identificados 19 casos confirmados e 304 ocorrências não confirmadas de leptospirose nas últimas semanas.
Antes do atual período de calamidade pública, o Rio Grande do Sul já havia registrado 129 casos e seis mortes em 2024, e 477 casos com 25 óbitos em 2023. Os sintomas da leptospirose costumam aparecer entre 5 e 14 dias após a contaminação, podendo se estender até 30 dias. O tratamento inclui o uso de antibióticos e deve ser administrado por um profissional de saúde, com hospitalização imediata nos casos graves. A automedicação não é recomendada.
Diante do aumento de casos da doença em razão das enchentes e alagamentos, a população deve estar atenta aos sintomas e buscar ajuda médica rapidamente para um diagnóstico e tratamento adequados. A prevenção, através da eliminação de focos de proliferação de ratos e cuidados com a higiene em situações de alagamento, é fundamental para evitar a leptospirose.