De acordo com informações fornecidas pela secretária, até o momento, 1.056 escolas gaúchas foram afetadas pelas enchentes, o que representa aproximadamente 55% de todas as escolas do estado. Mais de 378 mil estudantes foram impactados, sendo que cerca de 260 mil deles ainda estão sem aulas e, para cerca de 212 mil, não há previsão de retorno.
A situação é especialmente grave em cidades como Eldorado do Sul, Roca Sales, Lajeado, Encantado, Estrela e Cachoeirinha. Em alguns municípios, como Muçum, escolas que haviam sido reconstruídas após as enchentes de 2023 foram novamente destruídas, evidenciando a gravidade do cenário.
A secretária ressaltou que o desafio é ainda maior nas cidades mais afetadas, onde a destruição foi generalizada. A falta de espaços seguros para aulas e abrigos é um dos principais obstáculos a serem superados. Raquel Teixeira destacou a necessidade de pensar em soluções criativas, como a montagem de escolas de campanha, e a discussão sobre os materiais e a logística para sua construção.
Além disso, a secretária abordou os impactos emocionais e materiais causados pelas enchentes, que vão além da infraestrutura das escolas. Muitos professores, funcionários e alunos perderam suas casas, documentos e pertences pessoais, o que evidencia a necessidade de um suporte psicológico adequado para lidar com as consequências do desastre.
Diante desse cenário desafiador, a Secretaria da Educação está trabalhando em conjunto com diversos órgãos e instituições para buscar soluções emergenciais e a longo prazo, visando mitigar os impactos das enchentes na educação pública do Rio Grande do Sul. A reconstrução e a retomada das aulas são prioridades para garantir o direito à educação e o bem-estar dos estudantes e profissionais da área.