Segundo informações de participantes da reunião, Rui Costa mencionou que, das 23 comportas existentes no estado, apenas uma teria funcionado adequadamente. Ele ressaltou que, se todas estivessem em bom estado de conservação, a tragédia poderia ter sido minimizada. O ministro explicou que, mesmo com o nível alto da água, a estrutura de contenção não foi ultrapassada, mas a falta de manutenção permitiu que a água entrasse por brechas na parte inferior.
O presidente Lula, em declarações anteriores, já havia indicado a falta de manutenção no sistema de comportas como uma das causas das enchentes no Rio Grande do Sul. Ele destacou a necessidade de resolver definitivamente o problema das enchentes em Porto Alegre e região metropolitana, sugerindo a realização de uma discussão nacional sobre o assunto.
Durante a reunião, o chefe da Casa Civil anunciou a intenção do governo de contratar uma consultoria internacional para diagnosticar os problemas no estado e propor soluções, incluindo a viabilidade da construção de um canal de escoamento. Além disso, foi mencionada a possibilidade de adquirir imóveis em áreas não afetadas pelas enchentes para oferecê-los no programa Minha Casa Minha Vida.
O encontro ministerial também contou com a apresentação de medidas econômicas para auxiliar o Rio Grande do Sul, como o envio de recursos financeiros e a suspensão da dívida do estado. O clima da reunião foi de alinhamento de discursos, com o presidente Lula enfatizando a importância de coordenação e planejamento prévio das ações a serem anunciadas. A preocupação com a veracidade das informações compartilhadas também foi destacada, visando evitar equívocos que possam prejudicar a resposta do governo diante da tragédia.