Os tremores, avaliados em 2.3 na escala Richter, foram detectados não só em Caxias do Sul, mas também em Pinto Bandeira e Bento Gonçalves. As três cidades, localizadas na região serrana do estado, foram impactadas pelos abalos entre 1h48 e 3h03 no horário de Brasília.
O Centro de Sismologia da USP também registrou eventos sísmicos de 2.2 a 2.4 durante a madrugada em Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Veranópolis. Geralmente, tremores dessa magnitude passam despercebidos pela população, mas são identificados por estações geológicas especializadas.
A possível relação entre os tremores e a água acumulada nas últimas semanas levanta questionamentos. Especialistas afirmam que há exemplos registrados na literatura científica de que grandes volumes hídricos podem influenciar a ocorrência de tremores. No entanto, a probabilidade é considerada remota no momento.
Para esclarecer se os tremores estão ligados à sismicidade induzida por reservatório ou ao bloqueio de olhos d’água, os pesquisadores precisam identificar o epicentro e a profundidade dos abalos. Com essas informações, será possível determinar as causas exatas do fenômeno e sua relação com as chuvas.
A Rede Sismográfica Brasileira (RSB) apontou que a região do Rio Grande do Sul possui histórico de ocorrência de tremores de terra de magnitudes entre 2.0 e 3.0. No entanto, a possibilidade de os tremores estarem relacionados às chuvas ainda não pode ser descartada, e estudos mais aprofundados são necessários para esclarecer o fenômeno.
Diante das incertezas, a população de Caxias do Sul e região permanece atenta e aguardando novas informações sobre a situação. A preocupação com a segurança e o monitoramento constante dos tremores são prioridades das autoridades locais e dos órgãos de geociências.