A situação no estado é de extrema gravidade, com mais de 2 milhões de pessoas impactadas pelas inundações, levando muitos a buscar abrigo na casa de parentes ou amigos em outros estados, como Santa Catarina. Os números de desabrigados e desalojados são alarmantes, com 80.826 pessoas sem moradia e 538.241 tendo que deixar temporariamente suas casas.
Além disso, dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 447 foram afetados pela tragédia, com mais de 303 mil pontos sem energia e 208 mil imóveis ainda sem água. As escolas também foram impactadas, com mais de 2.300 instituições suspensas e mais de 338 mil alunos afetados.
A situação é preocupante e autoridades compararam o desastre às consequências do furacão Katrina em Nova Orleans, Estados Unidos, em 2005. Profissionais de saúde apontam para a falta de preparo e prevenção de desastres naturais, evidenciando o colapso nos hospitais, dificuldade de atendimento e desabastecimento de medicamentos.
O nível do lago Guaíba, que inundou a capital Porto Alegre, ainda apresenta riscos com seus 4.7 metros de altura, deixando ruas alagadas na cidade. E mesmo com a diminuição do volume de água, o governo alerta para o risco de enchentes nas margens da Lagoa dos Patos.
Diante dessa tragédia, a população gaúcha enfrenta grandes desafios e a solidariedade se torna fundamental para superar esse momento de dor e destruição. A mobilização de recursos, voluntários e ações de auxílio são essenciais para ajudar a reconstruir as vidas afetadas por essa catástrofe.