Um exemplo relevante citado por Olshansky é a reconstrução de Nova Orleans após o furacão Katrina em 2005, que resultou em danos estimados em US$ 125 bilhões. O governo federal dos Estados Unidos foi criticado pela resposta inicial à tragédia, o que levou à urgência em acelerar o processo de reconstrução. No entanto, a falta de recursos para financiar o planejamento resultou em problemas no direcionamento do dinheiro, com a Fundação Rockfeller assumindo o papel de financiadora.
Essa desconexão entre planejamento e decisões sobre o uso do dinheiro resultou em iniciativas contestadas, como o programa Road Home, voltado para a construção de casas, que reforçou desigualdades sociais na região atingida. Erros como reconstrução em locais inadequados e desarticulação das novas construções com as necessidades da comunidade são frequentes em cenários de pressão por rapidez.
Por isso, Olshansky enfatiza a importância de uma abordagem bottom-up na reconstrução, envolvendo ativamente as comunidades locais no processo. A criação de canais de comunicação eficazes entre autoridades municipais, estaduais, federais e a sociedade é essencial para garantir uma reconstrução eficiente e adequada.
Em situações semelhantes, como no caso do furacão Sandy em 2012, a criação de órgãos de interlocução e coordenação entre diferentes esferas governamentais demonstrou ser um modelo eficaz. A lição principal é a necessidade de uma estratégia de reconstrução bem planejada, com participação ativa das comunidades afetadas e canais de comunicação eficazes entre todos os envolvidos. Este é o caminho para uma reconstrução bem-sucedida e que atenda às reais necessidades da população impactada.