A análise de 32 vetos presidenciais seria realizada em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado. No entanto, um acordo foi fechado para adiar uma série de vetos, incluindo os vetos às leis orgânicas dos policiais civis, dos policiais militares e bombeiros, além de outros vetos relacionados a diversas leis e projetos importantes.
Esse adiamento foi possível graças ao acordo firmado entre o governo e a oposição, que concordaram em postergar a análise dos vetos ao projeto das saidinhas e à Lei de Defesa da Democracia, que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional da época da ditadura.
O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional, defendeu a necessidade do adiamento, argumentando que alguns vetos estavam em análise há quatro anos e era preciso debater de forma mais ampla seus impactos na sociedade.
Mesmo após debates acalorados, o senador Flávio Bolsonaro, líder da minoria no Congresso, concordou com o adiamento dos vetos, ressaltando a importância da análise do veto à Lei de Segurança Nacional. O veto feito por Jair Bolsonaro em setembro de 2021 gerou controvérsias, pois vetou dispositivos relacionados à punição de atos de comunicação enganosa em massa e aumento de penas para crimes contra o Estado Democrático.
Ao aceitar o adiamento da análise desse veto, o governo conseguiu também o adiamento do veto parcial de Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto que restringe as saídas temporárias de presos. O debate sobre esses vetos foi adiado juntamente com outras análises relacionadas a projetos de licitações, impostos e regularização fundiária na região amazônica.
O acordo entre governo e oposição demonstra a importância do debate democrático no Congresso Nacional e a necessidade de avaliar de forma responsável os impactos das decisões tomadas. O adiamento da votação dos vetos permitirá um debate mais aprofundado sobre as questões em pauta, refletindo a diversidade de opiniões e interesses presentes no cenário político atual.