Na última reunião, que ocorreu no final de março, o Copom havia informado que havia consenso para um corte de 0,5 ponto percentual na reunião de maio. No entanto, as turbulências nos mercados financeiros globais desde então tornaram o cenário menos previsível.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, em viagem para a reunião do G20, em abril, afirmou que a decisão do Copom dependeria do nível de incerteza na economia global.
De acordo com o boletim Focus, uma pesquisa semanal com analistas de mercado, a previsão é de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica. Anteriormente, a expectativa era de uma redução de 0,5 ponto. Para o final do ano, estima-se que a Selic chegue a 9,63% ao ano.
O Copom anunciará sua decisão ao final do dia, e este será o sétimo corte desde agosto, quando o ciclo de aperto monetário foi interrompido.
Além disso, a inflação também está sob análise. Com base na última ata, o Copom alterou a comunicação dos próximos cortes para fornecer mais flexibilidade ao Banco Central. A expectativa é que a inflação termine o ano dentro da meta estabelecida pelo CMN.
A taxa Selic é fundamental para a economia do país, influenciando diretamente as negociações de títulos públicos e servindo de referência para as demais taxas. Sua redução pode estimular a produção e o consumo, além de impactar os índices de inflação. O Copom se reúne a cada 45 dias para analisar a situação econômica e definir a Selic, sempre com o objetivo de manter a inflação sob controle.