Para exemplificar essa ideia, podemos recorrer a um experimento simples: o lançamento de um dado. Se conhecermos as condições iniciais com precisão, como a força e direção aplicadas ao dado, poderíamos prever com certeza o resultado. No entanto, como essas condições são desconhecidas, atribuímos a cada face do dado uma probabilidade igual de 1/6 de ser o resultado final.
Essa relação entre informação e probabilidade é crucial em situações cotidianas e até mesmo em dilemas éticos, como o apresentado no texto. No caso dos condenados Aldo, Beto e Caio, a informação disponível afeta diretamente as probabilidades de sobrevivência de cada um. Enquanto Aldo acredita que sua chance aumentou para 1/2 após o carcereiro revelar que Beto será executado, Caio entende que sua probabilidade de sobrevivência é agora de 2/3.
Surpreendentemente, Caio está correto. A revelação feita ao carcereiro não altera a situação de Aldo, pois a informação de que um dos condenados será perdoado não muda a sua probabilidade original de 1/3. No entanto, para Caio, a probabilidade de sobreviver aumenta para 2/3, pois a exclusão de Beto do cenário deixa apenas ele e Aldo como possíveis sobreviventes.
Essa complexa relação entre informação e probabilidade nos leva a refletir sobre a natureza fundamentalmente aleatória e imprevisível do universo quântico. Como Albert Einstein observou, às vezes parece que até mesmo Deus lança dados para decidir os resultados dos experimentos. Nesse jogo cósmico de probabilidades, a informação que possuímos desempenha um papel vital na forma como percebemos e entendemos o mundo ao nosso redor.