A investigação teve início após a apreensão de 21 quilos de cocaína em fevereiro, no aeroporto de Brasília, onde a droga seria enviada para Joanesburgo, na África do Sul. A partir desse episódio, a Polícia Federal conseguiu chegar aos suspeitos que atuavam na etiquetagem e movimentação de bagagens nos aeroportos de São Paulo e Guarulhos.
Os quatro suspeitos detidos não tiveram suas identidades divulgadas, porém, a PF confirmou que se tratam de funcionários responsáveis pelo check-in e movimentação das bagagens. Além deles, uma mulher que foi vista entregando a mala com drogas também foi presa. Os sete mandados de busca e apreensão incluem outros funcionários e um motorista de aplicativo supostamente envolvidos no esquema criminoso.
Essa prática criminosa ganhou destaque em março de 2023, quando duas brasileiras foram detidas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, sob a acusação de transportar 40 kg de cocaína em suas bagagens. O caso das brasileiras levou à operação da Polícia Federal em Goiás, denominada Operação Iraúna, que resultou na prisão de seis suspeitos envolvidos no esquema de troca de malas.
Segundo informações da PF de Goiás, as malas das brasileiras detidas na Alemanha tiveram suas etiquetas trocadas por funcionários cúmplices, que retiraram a identificação original das bagagens e as substituíram por etiquetas de malas contendo drogas. O esquema contava com a participação de funcionários de companhias aéreas, que possibilitavam o envio das malas com drogas ao exterior.
As investigações continuam em andamento e novas informações podem surgir nos próximos dias, conforme a Polícia Federal avança na desarticulação desse esquema criminoso que coloca em risco a segurança dos viajantes e a integridade dos aeroportos.
