Entre as frases barradas estavam “demarcação é democracia”, “futuro indígena é demarcação já” e “o Brasil é terra indígena”, todos com forte teor crítico à lei do marco temporal, defendida pela bancada ruralista da qual Lira é aliado. O presidente da Câmara justificou sua decisão afirmando que as mensagens poderiam ser ofensivas e estarem em desacordo com a legislação aprovada pelo Congresso.
O movimento indígena, por sua vez, decidiu alterar algumas das frases vetadas, mas manteve o mote central pedindo a demarcação dos territórios, enfatizando que a mensagem não é contrária ao Congresso, mas sim uma forma de reforçar o que está previsto na Constituição.
O Acampamento Terra Livre, organizado pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), é um dos principais eventos em curso em Brasília e tem como tema central a demarcação dos territórios indígenas e o combate ao marco temporal. A decisão de Lira de vetar algumas frases provocou críticas por parte dos líderes indígenas, que enxergam a medida como um enfraquecimento da democracia e um ataque à liberdade de expressão.
O debate em torno da demarcação de terras e dos direitos dos povos indígenas continua sendo um dos pontos de tensão no cenário político nacional, com o governo, o Congresso e o Judiciário sendo cobrados a atuar de forma mais efetiva na defesa desses direitos e no respeito aos povos tradicionais. A luta pela demarcação das terras indígenas e contra a imposição do marco temporal segue sendo uma pauta prioritária para o movimento indígena, que busca consolidar seus direitos e sua representatividade na esfera política do país.