Presidente do Peru devolve relógios de luxo em meio a escândalo de “Rolexgate” após prestação de esclarecimentos ao Ministério Público

A presidente do Peru, Dina Boluarte, de 61 anos, vive um momento turbulento em seu governo devido ao escândalo do “Rolexgate”. Após prestar esclarecimentos ao Ministério Público, Boluarte admitiu ter devolvido os relógios de luxo a Wilfredo Oscorima, governador e aliado político. O inquérito em curso investiga um suposto enriquecimento ilícito da mandatária relacionado à posse de relógios e joias não declarados.

Durante o depoimento que durou mais de cinco horas, Boluarte afirmou que os três relógios Rolex em questão não pertencem a ela, mas foram emprestados por Oscorima, um amigo próximo. Após o depoimento, a presidente se pronunciou publicamente admitindo ter cometido um erro ao aceitar os relógios emprestados. Além disso, ela refutou as acusações de posse de joias Cartier e Van Cleef, afirmando que suas joias são da marca Unique.

O escândalo chegou a um ponto em que a polícia realizou buscas na casa de Boluarte e em seu escritório presidencial em busca dos relógios de luxo. A situação levou a manifestações tanto de apoiadores quanto de opositores da presidente em frente ao prédio do Ministério Público. O caso também gerou dois pedidos de impeachment por parte de parlamentares de esquerda, que foram rejeitados pelo Parlamento, controlado pela maioria de direita.

O Ministério Público solicitou explicações sobre depósitos bancários consideráveis nas contas de Boluarte durante seu período como ministra, e questionou sobre a posse de joias e relógios de alto valor. A investigação por enriquecimento ilícito e omissão de declaração em documentos se estende desde março, quando o escândalo veio à tona.

Apesar da pressão e das acusações, Boluarte descartou a renúncia e acusa de ser vítima de um “ataque e assédio sistemático” com o objetivo de enfraquecer seu governo. A situação política no Peru permanece delicada, com a presidente enfrentando não apenas a crise dos relógios de luxo, mas também investigações por crimes anteriores e baixa popularidade. Enquanto isso, o país aguarda por um desfecho no caso que envolve a líder peruana.

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