Mesmo com a mudança de governo, a violência no campo não diminuiu. Dados da Comissão Pastoral da Terra mostram que houve um aumento de 8% nos conflitos rurais no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso torna esse período o segundo mais violento dos últimos dez anos, ficando atrás apenas dos seis primeiros meses de 2020, quando houve um pico de 1.007 conflitos.
Diante desse cenário preocupante, a relatora especial que está em missão no Brasil vai se reunir com diversos segmentos da sociedade, incluindo representantes do governo, defensores dos direitos humanos, povos indígenas, sindicalistas e jornalistas. Essas reuniões visam debater a situação atual do país e buscar soluções para conter a violência no campo.
Organizações como a Justiça Global têm denunciado casos de violência no Sul da Bahia, especialmente contra indígenas e ativistas. A execução de Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, na Aldeia Ourinho, em Pau Brasil (BA), foi um dos eventos que chocou a comunidade internacional e acendeu um alerta sobre a gravidade da situação.
Diante desse contexto de violência e ameaças, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a segurança e o direito à atuação desses defensores no país. A proteção dos direitos humanos e a preservação ambiental devem ser prioridades para garantir um futuro sustentável para todos.