Governo da Venezuela repudia comunicado do Brasil sobre processo eleitoral e acusa de interferência nos assuntos internos do país.

O governo da Venezuela emitiu uma resposta veemente ao comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que expressou preocupação em relação ao processo eleitoral no país vizinho. Em nota oficial, o governo venezuelano classificou as declarações do Brasil como carregadas de ignorância e desconhecimento sobre a realidade política na Venezuela. Além disso, acusou o Brasil de agir sob influência dos Estados Unidos, comparando o comunicado brasileiro ao que poderia ter sido ditado pelo Departamento de Estado norte-americano.

De acordo com o Ministério venezuelano, o governo tem mantido uma postura respeitosa em relação ao Brasil e suas relações diplomáticas, evitando emitir juízos de valor sobre processos políticos e judiciais internos. A Venezuela reiterou a importância do princípio de não ingerência nos assuntos internos de outros países e afirmou ter moral para exigir respeito à sua democracia robusta.

Por sua vez, o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, manifestou acompanhamento e preocupação com o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela. O Brasil se mostrou disposto a cooperar com outros membros da comunidade internacional para garantir que as eleições anunciadas para 28 de julho contribuam para a normalização da vida política e o fortalecimento da democracia no país vizinho.

No entanto, o prazo para o registro de candidaturas às eleições presidenciais venezuelanas encerrou-se sem que a oposição conseguisse registrar a candidatura da filósofa Corina Yoris. O Brasil repudiou esse impedimento, destacando que não condiz com os acordos firmados em outubro do ano anterior para promover o diálogo e garantias eleitorais na Venezuela.

Até o momento, não houve uma explicação oficial para a impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris. O cenário político na Venezuela continua tenso, com a comunidade internacional atenta aos desdobramentos do processo eleitoral e às repercussões para a democracia no país.

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