A origem dessa data remete à luta das mulheres que trabalhavam nas fábricas nos Estados Unidos e na Europa. Essas mulheres se engajaram em um movimento socialista para exigir melhores condições de trabalho, que eram ainda piores do que as dos homens na época. Na história, destaca-se o incêndio na Triangle Shirtwaist Company em Nova York, em 25 de março de 1911, que vitimou 146 trabalhadores e evidenciou as más condições enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras durante a Revolução Industrial.
A jornada pelo reconhecimento dos direitos das mulheres teve marcos significativos, como a marcha realizada por 15 mil mulheres em Nova York em 26 de fevereiro de 1909, que originou o “Dia Nacional das Mulheres” americano. Na Europa, a alemã Clara Zetkin propôs a criação de uma jornada de manifestações durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em agosto de 1910.
O 8 de março acabou se tornando a data oficial de celebração das mulheres, sobretudo após os protestos na Rússia em 1917, que levaram à Revolução Russa. Desde então, o Dia Internacional das Mulheres é comemorado em diversos países, mas ainda há desafios a serem superados, como a desigualdade salarial, a violência contra a mulher e a luta pelos direitos reprodutivos.
No Brasil, o 8 de Março é marcado por protestos e manifestações nas principais cidades, com reivindicações por igualdade salarial e combate à violência de gênero. Apesar dos avanços ao longo dos anos, a luta das mulheres por igualdade e respeito continua e é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
