A Gol acusou a Latam de estar envolvida em uma campanha deliberada e coordenada para interferir na empresa, tentando arrendar aeronaves e pilotos. A empresa em recuperação judicial descreveu a conduta da Latam como predatória e pediu que a concorrente explique seu comportamento.
A Latam, por sua vez, argumentou que está em contato permanente com todas as partes interessadas relevantes para a frota e buscando qualquer aeronave disponível que atenda às suas necessidades. Além disso, a empresa afirmou que os lessores que a Gol considera como seus principais fornecedores de aeronaves são alguns dos maiores lessores do mundo, cada um com dezenas de outros clientes de companhias aéreas.
A situação entre as duas empresas gerou atritos e desavenças judiciais nos Estados Unidos. A Gol protocolou uma moção de emergência na semana passada, em que citou uma entrevista do CEO da Latam, Jerome Cardier, à Folha, em que ele afirmou que a Latam estaria interessada em aviões parados da Gol. A Justiça acatou parte da moção e permitiu que advogados da Gol intimem a Latam para prestar esclarecimentos.
Essa decisão judicial foi comemorada pela Gol, que enxerga a oportunidade de esclarecer as ações da Latam, identificar se descumprem a lei de falências dos EUA e as proteções legais relativas aos ativos da Gol. Já a Latam, por sua vez, protocolou uma objeção ao pedido da Gol, alegando que a empresa está abusando da lei de falência para obter informações confidenciais sobre os planos de frota da Latam.
O episódio segue em desenvolvimento nos tribunais dos Estados Unidos, e as decisões judiciais terão consequências para as empresas envolvidas. A relação entre Gol e Latam mostra-se marcada por conflitos e disputas, revelando a intensa competição no mercado de aviação. A briga entre as duas grandes companhias promete continuar repercutindo nos próximos dias.