O ex-presidente aproveitou a ocasião para falar sobre os perfis dos novos membros do Brics. Um dos destaques foi a Arábia Saudita, que além de ser a maior economia do Oriente Médio, apresentou o maior crescimento entre os países do grupo em 2022, chegando a 8,7%. O país também é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, ficando em segundo lugar no ranking em 2022, atrás apenas dos Estados Unidos. Uma aproximação recente entre a Arábia Saudita e a China também foi mencionada, com o anúncio da possibilidade de uso da moeda chinesa, o yuan, para a venda de petróleo saudita.
A Argentina também se destacou, sendo o único país da América Latina a se somar ao Brics nesta cúpula. Mesmo enfrentando uma crise inflacionária e nas reservas de seu banco central, a Argentina se mantém como a terceira maior economia da região. Após um declínio acentuado de 9,8% no PIB em 2020, o país registrou um crescimento de 5,2% no mesmo em 2022. O PIB por Paridade do Poder de Compra alcançou US$ 1,04 trilhões neste ano.
Outro destaque foi o Egito, uma das principais economias do continente africano. O país também recorreu a um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 3 bilhões de dólares em dezembro de 2022, devido à crise na Ucrânia. Com um PIB por paridade de poder de compra de US$ 1,29 trilhões, o Egito ocupa a 19ª posição no ranking mundial e a segunda posição na África.
Além disso, a Etiópia se tornou o quinto país da África Subsariana a se unir ao Brics nesta cúpula. O World Economic Outlook aponta que o país poderá se tornar a terceira maior economia da região, ultrapassando Angola e Quênia.
Por fim, os Emirados Árabes Unidos (EAU) e o Irã também foram integrados ao grupo. Os EAU possuem a quarta maior economia do Oriente Médio, com um PIB estimado de US$ 890 bilhões em 2023. Já o Irã, mesmo sendo um dos países mais sancionados pelos Estados Unidos, foi classificado como a 22ª maior economia do mundo em 2022, com um PIB de US$ 1,596 bilhões.
A diversidade de perfis dos novos membros do Brics demonstra a relevância e a abrangência do grupo, que tem como objetivo promover uma maior cooperação entre países emergentes e em desenvolvimento. A adição desses países fortalece as diferentes perspectivas e contribui para a construção de uma nova ordem internacional mais justa e equilibrada.
