Aumento dos ataques de tubarões e mortes relacionadas preocupa autoridades em todo o mundo, aponta relatório de 2023.

Aumento de ataques de tubarões e mortes em todo o mundo preocupa especialistas

O ano de 2023 foi marcado por um aumento significativo no número de ataques de tubarões e mortes causadas por esses predadores em todo o mundo. Um dos países mais afetados foi a Austrália, onde o contato entre humanos e tubarões em risco de extinção tem sido mais frequente.

De acordo com um relatório divulgado pela Universidade da Flórida (EUA) em parceria com o Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões, em 2023 foram registrados 69 ataques de tubarões em todo o mundo, superando os 63 ataques registrados no ano anterior. Além disso, houve 10 mortes decorrentes desses ataques, o dobro do ano anterior e a marca mais alta em 12 anos.

O diretor do programa de pesquisa de tubarões do Museu de História Natural da Flórida, Gavin Naylor, ressaltou que o aumento desses números não significa necessariamente que os tubarões estão se tornando mais numerosos ou mais ferozes. Segundo ele, o aumento dos ataques está relacionado a fatores como a recuperação da população de focas no sul da Austrália, o que tem atraído tubarões-brancos para regiões frequentadas por surfistas.

A Austrália foi o país que mais registrou mortes decorrentes de ataques de tubarões, com um total de 4 vítimas fatais. Além disso, os Estados Unidos sofreram 36 ataques não provocados, representando pouco mais da metade do número total de ataques no mundo.

Naylor também destacou que o número de tubarões tem diminuído mundialmente devido à pesca excessiva, levando os predadores a se aproximarem mais das águas costeiras em busca de alimentos. Um estudo publicado na revista Nature em 2021 demonstrou que o número total de tubarões e raias diminuiu 71% desde 1970.

Apesar do aumento nos ataques e mortes causadas por tubarões, especialistas alertam que é importante considerar a preservação desses animais e ações que visem a equilibrar a relação entre humanos e predadores marinhos. A conscientização sobre medidas de segurança e prevenção de ataques também é fundamental para evitar novas tragédias.

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