O líder do Novo, Eduardo Girão (CE), enfatizou a importância de “serenidade e firmeza” por parte de Pacheco para garantir o “equilíbrio e independência” entre os Poderes. Segundo o senador, o fim do foro privilegiado é fundamental para estabelecer o devido processo legal no país, sem blindagens ou proteções excessivas a indivíduos poderosos.
A PEC do fim do foro privilegiado foi aprovada pelo Senado em 2017 e já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. No entanto, o projeto está atualmente parado esperando apreciação pelo plenário da Câmara.
A reunião da oposição com Pacheco foi motivada pelas recentes operações da Polícia Federal contra deputados bolsonaristas. No entanto, tal encontro também ocorreu após um momento de tensão na relação entre integrantes da cúpula do Senado com a oposição, que demandam esclarecimentos em relação a um suposto espionamento por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Além disso, as discussões com Pacheco também aconteceram depois de ações da PF que envolveram deputados bolsonaristas, como Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ambas as operações, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantaram discussões sobre a atuação do ministro e a ausência de foro privilegiado para julgamentos desses casos.
Com a importância do tema em pauta e as operações recentes da PF, os senadores buscaram uma posição de Rodrigo Pacheco, enquanto o país aguarda a definição sobre o avanço da PEC que propõe o fim do foro privilegiado. Após as especulações e tensões recentes, a espera é pela resposta do presidente do Congresso em relação ao tema, que poderá impactar diretamente questões de transparência, justiça e equidade no país.