A Comissão realizou mais de 10 reuniões ordinárias ao longo do ano para analisar os prejuízos causados pelo furto de cabos e fios. Os vereadores ouviram representantes da SP Regula (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo), da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Enel sobre os principais locais de ocorrência desse tipo de crime, formas de prevenção e os danos aos cofres públicos.
Além disso, a CPI ouviu representantes da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, do programa Sinal Verde de combate ao furto e comércio ilegal de cobre, e os subprefeitos da Sé e da Mooca, que abordaram a situação do licenciamento de ferros-velhos e a identificação da origem dos fios comercializados nesses estabelecimentos.
Associações representativas do setor de reciclagem também tiveram espaço para falar sobre a investigação da CPI. O funcionamento do Empreenda Fácil e como ferros-velhos e comércios de reciclagem burlam esse sistema, assim como os impactos do furto de cobre na indústria e na qualidade dos produtos fabricados com esse material, foram outros temas abordados.
Para entender como a produção e comercialização de fios de cobre irregulares impacta diretamente a segurança da população, a CPI ouviu representantes do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade e da Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos sobre o tema.
A CPI dos Furtos de Fios e Cabos é presidida pelo vereador Aurélio Nomura e tem como vice-presidente o vereador Eli Corrêa. Outros vereadores que integram a comissão são Coronel Salles, Dr. Nunes Peixeiro e Hélio Rodrigues.
A comissão foi prorrogada para o próximo ano, atendendo à necessidade de aprofundamento em algumas questões. O presidente da CPI ressaltou a importância de criar uma legislação mais rigorosa em relação aos ferros-velhos, já que muitos dos fios e cabos furtados são vendidos nesses locais.