De acordo com a nota emitida pela organização, a Arquidiocese de São Paulo, ao não chegar à convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia e considerando as conclusões do MPSP (Ministério Público de São Paulo) e da Justiça Paulista, decidiu pelo arquivamento e informou a Santa Sé.
Segundo o advogado de Lancellotti, Luiz Eduardo Greenhalgh, trata-se de uma montagem, um vídeo falso. No início de janeiro, o material havia sido entregue ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), pelo vereador Rubinho Nunes, do mesmo partido. Nunes é o autor do requerimento de comissão parlamentar de inquérito (CPI) que pretende investigar o padre Lancellotti e organizações sociais que apoiam pessoas em situação de rua no centro de São Paulo.
O vídeo foi entregue à Cúria Metropolitana na segunda-feira passada (22) e quanto ao Ministério Público, o material passou por procedimento investigativo. O MPSP concluiu que não há materialidade na denúncia e arquivou o inquérito. A Arquidiocese informa ainda que permanece atenta a elementos verdadeiros sobre os fatos denunciados, mantendo distância de interesses ideológicos e políticos.
Sete vereadores paulistanos que assinaram o documento para a instauração da CPI já retiraram o apoio, alegando terem sido enganados pelo autor da CPI, uma vez que o texto não mencionava o padre.
O posicionamento da Arquidiocese de São Paulo, enviado por e-mail ao vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, solicitou que o material referente à suposta denúncia contra o Padre Júlio Renato Lancellotti fosse enviado. Finalmente, na tarde do dia 22 de janeiro, o material foi entregue na Cúria Metropolitana de São Paulo.
Conclui-se, portanto, que a Arquidiocese de São Paulo arquivou a investigação sobre o padre Júlio Lancellotti, considerando as conclusões do MPSP e da Justiça Paulista, e permanece atenta a elementos verdadeiros sobre os fatos denunciados, mantendo distância de interesses ideológicos e políticos.