Essa novidade vem logo após a Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmar que já possui mais de 11 mil câmeras de uso corporal, e outras 1.660 estão em fase de implantação. Ao todo, foram contratados 13 mil equipamentos, mas até agora não foi confirmado quando essas câmeras entrariam em funcionamento. A decisão do Supremo também determina que as imagens captadas sejam armazenadas e compartilhadas com o Ministério Público, a Defensoria Pública e vítimas de violência policial, quando solicitadas.
A medida visa trazer mais transparência e prestação de contas sobre as ações policiais, especialmente em momentos de grande violência como o ocorrido no Complexo de Israel. Segundo o laudo da necrópsia, dois dos homens mortos na ação do Bope foram atingidos por disparos de fuzil, o que gerou grande comoção na região e pressão para que a PM implementasse medidas para garantir maior segurança e menos abusos por parte de seus agentes.
O uso das câmeras corporais é uma tendência crescente entre as forças policiais em todo o mundo, e espera-se que ajude a evitar abusos e excessos durante as operações. Além disso, a divulgação das imagens captadas pode servir como prova em processos judiciais e garantir maior responsabilização dos agentes envolvidos em casos de violência policial.
Com a implementação dessas medidas, espera-se que haja uma maior confiança da população na atuação da polícia e que casos de violações de direitos humanos sejam reduzidos. A utilização das câmeras corporais é uma importante ferramenta para promover a transparência e a prestação de contas das forças policiais, garantindo que sua atuação esteja de acordo com os princípios democráticos e os direitos fundamentais.