“Sabemos que a sua casa e os seus pertences são preciosos, mas suas vidas são ainda mais importantes. Dirijam-se para o lugar mais alto possível”, disse um apresentador da NHK aos telespectadores, em meio à tensão causada pelos terremotos.
Apesar do susto, o governo do Japão comunicou que nenhuma anormalidade foi registrada nas usinas nucleares localizadas nas áreas afetadas pelos terremotos e em estações próximas. A Autoridade de Regulamentação Nuclear do Japão informou que a usina de Shika, em Ishikawa, a mais próxima do epicentro do terremoto, já havia parado seus dois reatores para uma inspeção regular antes dos tremores ocorrerem.
A preocupação com eventuais problemas em usinas nucleares é compreensível, considerando que em 2011, um terremoto de magnitude 9 destruiu a principal fonte de energia da central nuclear de Fukushima Daiichi. O tsunami que se seguiu inundou os geradores de emergência, causando o superaquecimento do combustível em três dos seis reatores da instalação nuclear, o que levou ao derretimento de seus núcleos e a várias explosões causadas pelo acúmulo de hidrogênio. Esses eventos resultaram em nuvens de fumaça radioativa sobre as usinas, contaminando mais de mil quilômetros quadrados e obrigando mais de 160 mil moradores a deixar a região. Cerca de 18 mil pessoas acabaram perdendo suas vidas.
O impacto desse evento de 2011 serviu como um alerta para a necessidade de precauções e protocolos de segurança nas usinas nucleares, e, diante dos recentes terremotos no Japão, a confirmação de que as usinas não registraram anormalidades é um alívio em meio a essa situação de emergência. A atenção às medidas de segurança continua sendo crucial para proteger a população e evitar novos desastres.