Após vitória nas urnas, governo Milei anuncia desistência da Argentina do Brics e busca relação amena com Brasília e Pequim.

O presidente extremista da Argentina, Milei, surpreendeu o mundo ao mudar drasticamente seu discurso após a vitória nas urnas. Embora tenha mantido sua postura em relação ao Brics, ele anunciou que algumas decisões tomadas pelo governo anterior, de Fernández, seriam revisadas, incluindo a participação ativa do país no bloco.

A desistência da Argentina do Brics gerou especulações sobre a substituição do país por um novo integrante da América Latina. No entanto, até o momento, não houve um anúncio oficial sobre esse assunto.

Antes da cúpula de agosto, mais de 40 países haviam manifestado interesse em se unir ao Brics, e 23 deles apresentaram um pedido formal. Entre os candidatos latino-americanos estavam Bolívia, Cuba e Venezuela, além da Argentina por iniciativa do ex-presidente Fernández.

A relevância do Brics foi ressaltada pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva durante a cúpula de agosto, quando destacou o interesse de diversos países em aderir ao bloco como um sinal de que este poderia ser o líder do “Sul Global”, consolidando um contraponto geopolítico ao “Ocidente”, formado pelos Estados Unidos, Canadá, Japão, Israel, Reino Unido e União Europeia.

Lula ainda declarou que a crescente representatividade do Brics indicava um mundo mais inclusivo, ratificando a importância do bloco no cenário global.

Por ora, apenas especulações circulam sobre a possível substituição da Argentina no Brics e a adesão de novos países ao bloco. O posicionamento do pós-vitória do presidente Milei pode ter surpreendido a comunidade internacional, mas ainda é incerto o que acontecerá em relação ao futuro do Brics e sua composição. Resta aguardar por possíveis anúncios oficiais por parte dos líderes do bloco e dos países interessados em integrá-lo.

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