Túnel subterrâneo sofisticado é descoberto perto da fronteira com Israel, reacendendo tensões na região

Um novo túnel subterrâneo na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza foi descoberto recentemente, causando preocupação e polêmica. Segundo informações de especialistas da área de engenharia, a obra é sofisticada, com três metros de largura e quatro metros de altura, permitindo a circulação segura de veículos automotores, como furgões, motos e caminhões, ao longo de seus quatro quilômetros de extensão.

O túnel, que está localizado a cerca de 500 metros da fronteira com Israel, é iluminado e ventilado, com um sistema sofisticado para evitar alagamentos e concentrações de areia depositadas pelos ventos. Segundo informações divulgadas por jornalistas, suas características revelam um investimento milionário e a complexidade da obra.

Além disso, o local é estratégico por estar situado em uma área de grande movimentação de trabalhadores chamados de pendulares, que trabalham em Israel e retornam ao final do dia, assim como de palestinos doentes que ingressam para receber assistência médica em Israel. A discussão sobre a descoberta do túnel também remete ao fato de que ali foi o local onde se iniciou a Primeira Intifada em 1987, conforme reportagem de veículos israelenses.

Durante uma visita ao local, o porta-voz oficial Oliver Rafawicz, 61, enfatizou que o túnel é uma demonstração de como o Hamas optou por investir recursos em ataques contra Israel, em vez de destiná-los para melhorar a qualidade de vida dos palestinos, combatendo a pobreza. Ele descreveu o túnel e suas várias ramificações como uma verdadeira cidade subterrânea, comparando a estrutura a uma teia de aranha.

A descoberta do túnel suscitou debates e preocupações com a segurança na região, levando à reflexão sobre a negligência na vigilância do local por parte dos militares e dos serviços de inteligência de Israel. A complexidade e a magnitude da construção do túnel subterrâneo geram apreensão sobre o poder de atuação do Hamas e a capacidade de realizar grandes investimentos em infraestrutura, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre as prioridades e estratégias políticas do grupo em relação ao conflito com Israel.

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