A discussão sobre alienação parental, definida por uma lei de 2010, tem sido reacendida após Corrêa acusar Ana Hickmann de atuar para dificultar a convivência do filho do casal com ele. Enquanto organizações de direito da família defendem a alienação parental como uma ferramenta pedagógica, psicólogos apontam que ela se baseia em um conceito sem lastro científico. Além disso, advogados e peritos da ONU afirmam que a lei tem se prestado ao oposto do que se propõe no Brasil.
O Conselho Nacional de Justiça constatou que a lei da alienação parental tem sido utilizada como estratégia de defesa de homens que respondem a processos por violência e falta de pagamento de pensão. Essa constatação tem suscitado discussões no Legislativo para rever pontos da lei ou até mesmo revogá-la.
No Café da Manhã, programa de áudio publicado no Spotify em parceria com a Folha, a psicóloga Analicia Martins, pesquisadora do tema, explicou a controvérsia em torno da legislação e discutiu os usos que ela tem. O episódio também abordou como está o debate para rever o mecanismo no país.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira e é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe e edição de som de Raphael Concli.
As denúncias feitas por Ana Hickmann contra Alexandre Corrêa reacenderam não só o debate sobre violência doméstica, mas também sobre a eficácia e as possíveis consequências da lei da alienação parental. A complexidade do tema exige uma ampla discussão que envolve tanto aspectos jurídicos quanto psicológicos, a fim de encontrar soluções que garantam a proteção das vítimas de violência e o bem-estar das crianças envolvidas.